FRITZ LANG
Considerado como um dos mais famosos nomes da escola do expressionismo alemão, Fritz Lang nasceu em Viena, na Áustria, filho de um engenheiro civil, que desejava que o filho seguisse a mesma carreira. Aos 21 anos mudou-se para Munique(1911), onde estudou pintura e escultura.
Fez numerosas viagens (África do Norte, Próximo Oriente, China, Japão…) que lhe desenvolveram o gosto pelos ambientes exóticos que magistralmente retratou nos seus filmes. De regresso à Alemanha, participou na Primeira Guerra Mundial e foi gravemente ferido, tendo perdido um olho. No hospital, onde permaneceu longo tempo, começou a escrever roteiros para Joe May os quais eram dotados de um forte grafismo, no campo do fantástico e do demoníaco. O êxito desses argumentos levou a que fosse convidado para realizar filmes.
Alemanha 1933 • p&b • 124† min | |
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Direção | Fritz Lang |
Produção | Seymour Nebenzal |
Roteiro | Thea von Harbou Fritz Lang |
Elenco | Rudolf Klein-Rogge Otto Wernicke Oscar Beregi Sr. Gustav Diessl |
Gênero | Policial |
Idioma | Alemão Francês |
Música | Hans Erdmann |
Cinematografia | Karl Vash Fritz Arno Wagner |
Edição | Conrad von Molo† Lothar Wolff†† |
Estúdio | Nero-Film |
Lançamento | 21 de abril de 1933 (Hungria)† Abril de 1933 (França)1 †† 1943 (Estados Unidos)†† 24 de agosto de 1961 (Alemanha)† |
O Testamento do Dr. Mabuse se baseia em elementos de Mabuses Kolonie, romance do escritor luxemburguês Norbert Jacques. Foi o segundo filme falado de Lang para a companhia Nero-Film e sua última colaboração com sua então esposa e roteirista Thea von Harbou. Para promover o filme no mercado estrangeiro, uma versão em língua francesa foi feita por Lang usando os mesmos cenários, mas com atores diferentes; o título desta versão é Le Testament du Dr. Mabuse. Uma sequência, Die tausend Augen des Dr. Mabuse, também dirigida por Lang, foi lançada em 1960.Pouco antes do lançamento do filme, em janeiro de 1933, Adolf Hitler havia ascendido ao poder e nomeado Joseph Goebbels ministro da propaganda. Goebbels baniu o filme na Alemanha, aventando a possibilidade de que o filme pudesse diminuir a confiança do público em seus políticos. As versões em francês e em alemão foram lançadas no resto da Europa, ao passo em que várias versões foram lançadas nos Estados Unidos, recebendo uma recepção morna a cada lançamento. O filme foi mais bem recebido contemporaneamente, tendo influenciado a obra de cineastas como Claude Chabrol eArtur Brauner.
Outros Filmes:
- Der Müde Tod (1921) - variação onírica sobre a morte e o amor, em que o exotismo se alia com a meditação sobre o sentido da vida e da morte;
- Dr. Mabuse, der Spieler (1922) - o primeiro filme negro, uma obra construída sob a influência das descobertas da psicanálise e dos estudos da esquizofrenia;
- Die Nibelungen (1924) - um filme sobre o fantástico mitológico, com as suas estruturas admiravelmente equilibradas;
- Metropolis (1927) - obra sobre a relação entre as máquinas e os trabalhadores nas grandes cidades, com ênfase pro sentimento de humanidade perdido no processo. Um de seus maiores trabalhos;
- Spione (1928) - a luta contra uma organização misteriosa e implacável;
- M (1931) - uma das obras mais lendárias e um dos expoentes máximos da sua carreira.
Em 1921 casou-se com a roteirista Thea Von Harbou, que escreveu os argumentos de quase todos os filmes desta primeira fase da carreira. As películas que Lang dirigiu ainda na fase do cinema mudo ficariam para a história como alguns dos maiores expoentes do expressionismo alemão:
O casal foi convidado por Adolf Hitler, por intermédio do Ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, para produzir filmes para o Partido Nazista. Hitler era fã de cinema, e conta a lenda que a sua decisão de convidar Lang surgiu após ter assistido Metropolis . Enquanto que Thea aceitou a função, Lang fugiu para Paris, onde chegou a produzir filmes antinazistas. Em 1934, depois de se ter divorciado de Thea, emigrou para os Estados Unidos